Brian Crossett
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
Qual é a pergunta mais comum que um batista faz aos pedobatistas (aqueles que crêem que os filhos dos crentes devem ser batizados)? Provavelmente: “Mostre-me algum lugar no Novo Testamento onde um infante é batizado.” A resposta é 1 Coríntios 10:1-2: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.”
Mas o batista replica que os infantes não são mencionados na passagem. Concordo que eles não sejam mencionados explicitamente. Contudo, seria tolice pensar que os filhos de Israel, contados em 600.000 homens (Nm. 1:46) – considerando apenas os que eram “da idade de vinte anos para cima” e que eram “capazes de sair à guerra” (Nm. 1:3) – não tivessem nenhuma criança pequena.
Os batistas então dizem: “Mas o batismo não é uma característica do Antigo Testamento; ele existe somente no Novo Testamento.” Nossa resposta é que o Novo Testamento o chama de batismo, embora tenha acontecido no Antigo Testamento.
Sua resposta é que o batismo de Israel no Antigo Testamento é uma figura do batismo no Novo Testamento. Nossa resposta é: “OK, os infantes estavam na figura?”
Mas eles dizem que os filhos de Israel não estavam cientes do seu batismo no Mar Vermelho. Respondemos: “Sim, todos os infantes não estão cientes de seu batismo, mesmo na igreja.”
Neste ponto, o batista pode mudar sua tática. “O batismo é administrado somente por imersão”, ele diz. Replicamos: “Mas se os filhos de Israel tivessem sido imersos, teriam perecido com Faraó e seu exército. Faraó e seu exército foram imersos, mas não foram batizados; os filhos de Israel foram batizados, mas não foram imersos. De fato, batismo deles dependia de não serem imersos. Portanto, batismo e imersão são duas coisas diferentes.”
O mesmo argumento é verdadeiro com respeito a Noé e sua família durante o dilúvio (1 Pedro 3:20-21). Se a imersão tinha um propósito, seu propósito não era representar a salvação, mas a condenação. Isso é demonstrado pela imersão do exército condenado de Faraó, a condenação do mundo ímpio no dilúvio e a condenação final dos réprobos quando forem imersos no lago de fogo.