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O Nome Cristo

Rev. Ronald Hanko

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1

O nome Cristo não é do mesmo tipo que Jesus. Jesus é o nome pessoal do Salvador, mas Cristo é um título. Como outros títulos—Presidente, Primeiro Ministro, Membro do Parlamento e Congressista—ele descreve a posição e obra que Jesus tem no reino de Deus.

Por essa razão, Jesus é algumas vezes chamado de o Cristo da mesma forma como alguém poderia ser chamado de o Presidente. A diferença é que Cristo é único. Nunca houve, nem haverá outro Cristo.

Cristo significa “ungido” (Messias significa o mesmo, e é o equivalente veterotestamentário do nome Cristo). Ele se refere ao fato que Jesus foi especificamente apontado e ordenado por Deus para fazer a obra do reino de Deus. Ele foi publicamente ungido com o Espírito no tempo de seu batismo (Mt. 3:16), assim como predito em Isaías 61:1-3, onde sua obra como o ungido é descrita também.

Qual é a posição e obra de Cristo no reino de Deus?

É aquela de um Profeta, Sacerdote e Rei. O Catecismo de Heidelberg, um dos maiores credos da Reforma, pergunta: “O nome Cristo significa ‘Ungido.’ Por que Jesus tem também este nome?” A resposta dada é: “Porque ele foi ordenado por Deus Pai e ungido com o Espírito Santo para ser nosso supremo Profeta e Mestre, nosso único Sumo Sacerdote e nosso eterno Rei. Como Profeta ele nos revelou plenamente o plano de Deus para nossa salvação; como Sumo Sacerdote ele nos resgatou pelo único sacrifício de seu corpo e, continuamente, intercede por nós junto ao Pai; como Rei ele nos governa por sua Palavra e Espírito e nos protege e guarda na salvação que ele conquistou para nós.”2

Essa referência ao ofício profético, sacerdotal e real no nome Cristo é a razão pela qual o nome é tão importante. Ele é o fundamento da igreja (Mt. 16:18), pois a igreja não pode existir sem a obra de Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei. O nome Cristo, confessado, é a prova da regeneração (I João 5:1), pois uma pessoa não pode crer nele a menos que Cristo tenha lhe falado como Profeta, oferecido um sacrifício como Sacerdote no lugar dele, e liberto-o de Satanás como Rei.

Confessar que Jesus é Cristo não é meramente pronunciar o nome, mas dizer que ele é o nosso supremo Profeta e Mestre, nosso único Sumo Sacerdote, e nosso Rei eterno. É um reconhecimento de que seremos ensinados por ele somente, governados por ele somente, e abençoados por ele somente. Não é de se admirar, então, que ninguém pode dizer que Jesus é o Cristo, senão mediante um dom recebido dos céus.

Que Jesus é Cristo significa, também, que ele é o único que pode sustentar esses ofícios e realizar a obra que pertence a eles. Não precisamos de nenhum homem para nos ensinar (I João 2:27). Não precisamos de nenhum outro sacerdote ou sacrifício! Não reconhecemos nenhum outro Rei, pois ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele é único!

Confessando que Jesus é o Cristo, buscamos a salvação nele somente.

Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, pp. 121-122.

1E-mail para contato: [email protected]. Traduzido em abril/2007.

2

Catecismo de Heidelberg, Domingo 12, Q&A 31.

Para material Reformado adicional em Português, por favor, clique aqui.

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