Rev. Ronald Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
A Bíblia atribui grande importância aos nomes de Jesus. Em teologia, esses nomes são tão importantes que são geralmente tratados como uma seção separada.
O nome Jesus, por exemplo, é tão importante que foi dado a José mediante um mensageiro do próprio Deus, antes de Cristo nascer. O significado desse nome, como revelado pelo anjo, é um evangelho em miniatura no qual cada parte do nome é um sermão (Mt. 1:21). É por esse nome que os homens são salvos (Atos 4:12).
O nome Cristo é tão pleno de significado que Jesus declarou que Pedro era “bem-aventurado” por confessá-lo, dizendo-lhe que ele só poderia ter conhecido esse nome mediante revelação de Deus (Mt. 16:17). Esse nome confessado é o fundamento inamovível da igreja (v. 18) e a prova da regeneração (I João 5:1). Todo aquele que não o confessa é declarado em I e II João como um anticristo e enganador (I João 2:22; I João 4:3; II João 7).
Da mesma forma, com respeito ao nome Senhor, somos informados que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor senão pelo Espírito Santo, tão grande é esse nome (I Co. 12:3). E o que é verdadeiro do nome Senhor é verdadeiro de todos os nomes do nosso Salvador.
Os nomes de Jesus são importantes porque, diferente dos nossos nomes, eles nos dizem exatamente quem e o que ele é. Eles são parte da revelação de Deus a nós em Jesus Cristo e são, portanto, uma parte muito importante da mensagem do evangelho, as boas novas da salvação. Conhecer e confessar esses nomes é ser salvo.
Esse é o porquê existem tantos nomes de Jesus, de Deus e do Espírito Santo dados na Escritura. Dependendo de como alguém contabiliza, existe mais de 150 nomes diferentes de Jesus na Escritura. Que bênção é conhecer todos eles e saber o que significam!
Contudo, não é a mera repetição ou cantarolar sem sentido dos nomes que é uma bem-aventurança ou que traga bênçãos. O conhecimento do que esses nomes significam, aprendidos a partir da Palavra de Deus, é o que importa. Através desse conhecimento nossa fé se fortalece; conhecemos em quem cremos e somos persuadidos do poder salvífico de Jesus (II Tm. 1:12) Deve haver fé em seus nomes—a fé que ele é tudo o que seus nomes declaram ser. Mas sem conhecimento, a fé é muito fraca.
É necessário enfatizar isso. Muitos pensam que a mera recitação desses nomes tenha algum tipo de poder. Não existe base na Escritura para tal crença. O poder salvífico dos nomes de Cristo é somente através da fé naquele que é conhecido e amado por esses nomes, e a fé deve conhecer a partir de seus nomes quem e o que ele é.
Você conhece os nomes de Jesus? Você conhece Jesus por seus nomes—conhece-o pessoal e salvificamente? Você ama seus nomes e os ama suficientemente para confessar tais nomes diante do mundo? Se sim, então você, também, como Pedro, é bem-aventurado.
Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, pp. 119-120.
1E-mail para contato: [email protected]. Traduzido em abril/2007.
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