Rev. Angus Stewart
Tradução de Marcelo Herberts
Hoje, como nos tempos de Elias, Isaías e Jesus, muito do que tem sido chamado de “igreja” está morto ou em vias de morrer. Vastas fileiras do protestantismo são tão espiritualmente cegas que não vêem Roma como uma igreja falsa. Clérigos apóstatas estão ocupados solapando o evangelho de Cristo por meio de relações ecumênicas com Roma.
A heresia do livre-arbítrio condenada nos credos de presbiterianos, congregacionalistas, batistas e anglicanos é pregada em muitos púlpitos. Uma pessoa pensaria que Martinho Lutero nunca disse que o livre-arbítrio reside no coração da luta pela Reforma.
Oficiais alegam defender as confissões da igreja nas quais nem mesmo crêem ou mesmo leram. Em alguns casos nem mesmo obtiveram uma cópia das mesmas. Falsos mestres não são, é claro, algo estranho nas igrejas instituídas (II Pedro 2:1), mas a proliferação de ministros, presbíteros, diáconos e missionários do sexo feminino é sem precedentes nos 2000 anos da igreja do Novo Testamento. Você pode estar absolutamente certo de que Jesus Cristo não chamou as mulheres para esses ofícios (I Timóteo 2:12).
O protestantismo histórico ensina que as igrejas verdadeiras são identificadas por certas características, (1) pregação expositiva piedosa, (2) observância apropriada dos dois sacramentos, incluindo a supervisão pelos presbíteros, (3) disciplina daqueles que mantêm falsas doutrinas ou vivem de forma ímpia, (4) adoração espiritual dirigida pela Escritura.
A maior parte dos cristãos professos de hoje participa ou permanece nas igrejas por razões das mais diversas: é a igreja mais próxima de mim; a minha família tem sempre adorado nela; eu escolhi essa igreja porque ela tem muitas atividades voltadas aos jovens. No entanto, um cristão precisa ser membro de uma igreja pela causa de Deus e nada mais. Isso significa que ele precisa buscar a glória de Deus numa igreja onde Cristo está presente na pregação bíblica, nos sacramentos, na disciplina e na adoração. A membresia por qualquer outro motivo é idolatria.
Não surpreende muito que a igreja professante seja caracterizada pela ignorância antes que pelo conhecimento de Deus; pela apatia antes que pelo zelo; pelo mundanismo antes que pela comunhão dos santos; pela irreverência antes que pelo temor a Deus; pelo entretenimento antes que pela mensagem do Cristo crucificado.
Apesar disso tudo, o coração do crente se aflige. O que está acontecendo com a igreja? Mas “não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas” (Romanos 9:6). Antes, “os eleitos o alcançaram [a salvação], e os outros foram endurecidos,” pois “Deus lhes deu espírito de profundo sono” (Romanos 11:7-8). O Altíssimo usa falsos mestres e falsa doutrina para levar pessoas a dormir espiritualmente, e são esses “atalaias” cegos e ignorantes, esses “cães mudos” que “não podem ladrar” (Isaías 56:10) que são os maiores culpados.
Fonte: Apostasy in the Protestant Churches
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