Gertrude Hoeksema
Depois de Adão e Eva pecarem eles não podiam ficar mais no jardim perfeito do Éden. O Senhor expulsou-os e pôs anjos com espadas a guardar a entrada, para que ninguém pudesse entrar no jardim.
Agora, Adão e Eva já não viviam no jardim onde tinham sido perfeitos e felizes. Agora tinham que plantar as suas próprias sementes e cultivar os seus próprios alimentos da terra difícil. Devem ter-se sentido muitas vezes tristes e arrependidos e, provavelmente, muito cansados.
A Bíblia não nos conta como é que lhes fizeram uma casa e móveis e roupa. Mas não achas que Deus tomou conta deles? Eles eram Seus filhos.
Um dia, Deus trouxe alegria às suas vidas. Deu-lhes um bebé e Eva deu-lhe o nome de Caim; e pouco depois Deus deu-lhes outro bebé a quem chamaram Abel. Eva não tinha um berço bonito, nem cobertores brancos e macios para os bebés, como as mães costumam ter, mas provavelmente fez-lhes camas de palha ou feno e cobriu-os com peles de animais a fazer de cobertores.
Alimentar os seus filhos e mantê-los quentes não era a coisa mais importante para Adão e Eva. Sabes o que era muito mais importante? Queriam ensinar os seus meninos Sobre Deus. Adão e Eva devem ter-se sentado muitas vezes com os seus filhos, tal como o papá e a mamã fazem connosco, e devem ter-lhes contado histórias sobre o lindo jardim do Éden e sobre a serpente e Satanás e a sua terrível queda no pecado. A melhor história era a da promessa maravilhosa do Senhor, de enviar um Salvador, Jesus, que levaria a ira de Deus morrendo por eles e abrindo-lhes um caminho brilhante para o Céu. Essa era uma história feliz.
Adão e Eva terão ensinado aos meninos como fazer um altar, possivelmente com pedras empilhadas, e como trazer uma oferenda—um presente—a Deus. Tinha que ser o tipo certo de oferenda: um cordeiro era morto, e o seu sangue escorria pelas pedras do altar; esse cordeiro era um símbolo do Cordeiro de Deus, Jesus. Eles ensinaram os seus rapazes a darem-se a si próprios como oferendas a Deus, quando oravam de joelhos e prometiam amar e obedecer a Deus.
À medida que Abel crescia, ele ouvia os seus pais e tomou um cordeiro do seu rebanho de ovelhas, e com fé e amor no seu coração foi perante Deus com u símbolo de Jesus e do seu sangue.
Agora observa Caim a levar uma oferenda a Deus. Ele era agricultor e tomou alguma da colheita que crescia nos seus campos e ofertou-a no altar. Sabes o que é que Caim estava a dizer a Deus quando fez isto? Ele estava a dizer que não precisava de um cordeiro, um símbolo de Jesus. Ele não precisava que Jesus o salvasse. Ele traria algo que ele próprio tinha cultivado. Caim não se aproximou de Deus com fé e amor, e ele não queria ser salvo pelo sangue de Jesus.
Deus gostou do sacrifício de Abel, mas detestou o de Caim. Como é que souberam? Provavelmente ouviram a voz de Deus. Caim deveria ter ficado muito arrependido pelo seu pecado.
Em vez disso ele estava zangado com Deus! Ele sabia que não podia tocar o Santo Deus, mas podia magoar Abel, que amava a Deus. Um dia, quando estavam juntos no campo, Caim matou Abel. Não sabemos como. Ali estava Abel, frio, quieto e morto. Mas Caim não estava arrependido. Quando Deus lhe perguntou “Onde está teu Abel, teu irmão?”, ele disse, “Não sei: sou eu guarda do meu irmão?”
Deus viu o pecado de Caim e a sua mentira e deu-lhe um castigo: Deus amaldiçoou a terra para que não desse alimento a Caim; ele teria que vaguear de um lugar para o outro sobre a terra. Caim era tão mau que respondeu a Deus e disse, “O meu castigo é mais do que posso suportar.” Ele disse que não funcionaria porque toda a gente ia querer matá-lo devido ao seu pecado. Então Deus pôs uma marca em Caim—não sabemos que tipo de marca era—para que ninguém o matasse. E Caim vagueou pela terra o resto da sua vida.
Sabes quem venceu? Foi Abel. Ele foi o primeiro homem a entrar no Céu para estar com o Senhor. Ele agora está no Céu.
LEMBRAR:
Adão e Eva ensinaram Caim e Abel sobre os caminhos justos de Deus, tal como os nossos pais fazem connosco. Já não temos que trazer a Deus ofertas de cordeiros. Trazemos oferendas de fé e amor nos nossos corações quando adoramos a Deus na igreja ou em qualquer lugar.
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