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Sobre a Condenação ao Divórcio

Thomas Miersma

Tradução: Marcelo Herberts

Jesus disse: “Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe” (Mateus 19:6).

Por meio das suas palavras, Jesus expõe a doutrina fundamental da fé cristã referente ao divórcio. Suas palavras eram uma resposta aos líderes das comunidades e à sua pergunta sobre o divórcio, “É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?” (Mateus 19:3). Os líderes desejavam ensinar que o divórcio por qualquer motivo era aceitável. Em resposta, Jesus primeiramente chamou a atenção deles para o elo inquebrável do casamento que Deus estabeleceu no início em Gênesis 1:27, 2:23-24, e concluiu, “Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe” (Mateus 19:6). Jesus proíbe o divórcio.

Os líderes das comunidades não queriam ouvir essa doutrina, tal como a igreja de hoje freqüentemente não quer ouvir ou entender. A partir da sua própria luxúria pecaminosa e coração endurecido, eles queriam estar aptos a divorciar e justificar esse ato. Os líderes inquiriram Jesus, “Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?” (Mateus 19:7). Os líderes voltaram-se ao livro de Deuteronômio (24:1-4) que concedeu uma lei regulando o divórcio e particularmente proibindo a retomada de uma esposa divorciada e recasada, por conta da impureza do divórcio e do recasamento. Não entendendo os princípios espirituais da lei de Deus, eles teriam pervertido a Sua lei para justificar o divórcio, como se Deus aprovasse esse ato.

Jesus expõe a incredulidade deles. Ele lhes respondeu “Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio” (Mateus 19:8). Deus, que fez o casamento no início, não sancionou o seu pecado do divórcio. Divórcio é uma evidência da depravação e da dureza de coração do homem no pecado. Era assim entre os perversos em Israel. É uma evidência da mesma incredulidade endurecida não apenas no mundo, mas também na igreja de hoje. A lei, seja de Moisés ou do governo de hoje, não pode mudar um coração endurecido. Essa lei pode apenas “sustentar,” isto é, controlar, regular ou reprimir exteriormente os pecados que o homem comete. Somente a graça salvadora muda esse coração endurecido.

O divórcio que conduz ao recasamento é uma forma de adultério. Jesus disse, “Quem se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher estará cometendo adultério” (Lucas 16:18). O divórcio em si faz com que a esposa seja tentada a cometer adultério pelo recasamento (Mateus 5:32).

Mas não há exceção? Jesus expôs apenas uma exceção na Sua condenação ao divórcio. Ele disse “que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual [Nota da NVI. Do grego pornéia, termo genérico que se refere a práticas sexuais ilícitas] faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério” (Mateus 5:32; 19:9). Essa é a única exceção: quando a fornicação ou o adultério já comprometeu a relação do casamento, tal que não pode ser restaurada, Jesus não requer, mas permite o divórcio. Propriamente, também neste caso, deveria haver perdão e reconciliação, que são os únicos curativos verdadeiros.

Porque a doutrina dos apóstolos continua nessa verdade, nós lemos, “Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: Que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher” (I Coríntios 7:10,11). O apóstolo aplica isso mesmo no caso do casamento de um crente com um incrédulo em I Coríntios 7:12-13.

Você crê nesse Jesus e em Sua palavra concernente ao divórcio? É também o caso da sua igreja? O Senhor Jesus é também pelo seu casamento? Ou você procura encobrir e justificar o pecado?

Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 30.

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