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A Consumação do Pacto

Rev. Ronald Hanko

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1

Uma razão de não crermos que o pacto é um acordo ou um contrato pelo qual a salvação é trazida ao povo de Deus tem a ver com a consumação do pacto. A consumação do pacto é a sua realização e glória final no reino eterno e celestial de Cristo nosso Senhor.

Se o pacto fosse um contrato ou acordo para produzir a salvação, então na consumação, quando recebemos a plenitude da nossa salvação, o contrato seria colocado de lado ou descartado, da mesma forma que qualquer outro contrato seria finalizado quando tudo o que foi contratado estivesse completo.

Mas isso não pode ser assim. Por um lado, o pacto é eterno. Ele não é algo que é útil somente por um tempo e então deixado de lado, como um contrato ou acordo seria.

Cremos, portanto, que o pacto é uma relação ou ligação entre Deus e o seu povo em Cristo. Essa relação é descrita na Escritura pela fórmula pactual: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”

Se essa é de fato a essência do pacto—que Deus é nosso e somos dele—então no céu o pacto não será deixado de lado ou abandonado, mas plenamente realizado. É isso o que o céu é—estarmos com Deus para glorificá-lo e gozá-lo para sempre.

Isso é exatamente como Apocalipse 21:3 descreve a glória dos novos céus e a nova terra. Quando tudo for novo, não haverá mais lágrimas, nem morte, nem choro, tristeza ou dor. Quão maravilhoso será!

Mas ainda mais maravilhoso é que a grande voz vinda do céu: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (RC).

Observe que essa passagem tem nela a mesma fórmula pactual que é usada por toda a Escritura: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” Não há nada mais desejável ou admirável que isso!

Observe, também, que a passagem fala do tabernáculo de Deus. No Antigo Testamento esse era o lugar do seu pacto, o lugar onde ele habitava com o seu povo e se revelava como o Deus deles (Ex. 29:42-46).

Essa tenda do Antigo Testamento era um tipo e sombra de coisas melhores, pois representava a figura do próprio Deus, em quem e através de quem Deus habita conosco e é o nosso Deus, e por quem ele se revela a nós em toda a sua glória. Em Cristo Deus nos encontra e fala conosco. Em Cristo ele habita entre nós. Essa é a bem-aventurança do pacto de Deus.

Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, pp. 182-183.

1E-mail para contato: [email protected]. Traduzido em fevereiro/2007.

Para material Reformado adicional em Português, por favor, clique aqui

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