Thomas Miersma
Tradução: Marcelo Herberts
Jesus disse: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações … ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei …” (Mateus 28:19-20).
Por essas palavras Jesus comissionou seus apóstolos, e por meio deles, a igreja, a pregar e ensinar a Sua palavra. Da mesma forma, Jesus disse, “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Marcos 16:15). Com essa ordem, Jesus encarregou a sua igreja de um chamado específico para a pregação do evangelho.
Fundamentalmente, é pela pregação do evangelho que a igreja torna-se testemunha de Cristo no mundo. A essa pregação da Palavra, Jesus uniu a promessa de que o Seu Espírito Santo iria equipar e ensinar os discípulos, assegurando-lhes de que “receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1:8).
Jesus declara o poder e o propósito dessa pregação. Pela pregação o homem irá crer e será salvo. Então Jesus ora “… também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles” (João 17:20). Essencialmente, é o próprio Jesus que reúne e constrói a Sua igreja pela obra do Seu Espírito e da Sua Palavra. Embora o depoimento pessoal e o testemunho de crentes individuais sejam de considerável importância para conduzir o homem à pregação do evangelho, é pelo testemunho corporativo da igreja, pela pregação que ele ordenou na igreja, que Jesus se apraz em operar a fé até a salvação.
Em harmonia com a doutrina de Jesus, o apóstolo Paulo diz, “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?” (Romanos 10:13-14). Ainda que todos os crentes possam confessar a Cristo, Jesus nomeou certos homens para ser pregadores. Então Paulo diz, com relação a Cristo, “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Efésios 4:11-12).
Note que essa é a única forma que a Palavra de Deus fala da salvação do Seu povo: pelo pregar e ouvir a Palavra de Cristo, através de homens enviados por ele e designados na igreja para pregar a Sua Palavra. “E como ouvirão, se não houver quem pregue?” (Romanos 10:14). Ainda que no Antigo Testamento Deus tenha usado símbolos visuais, vestimentas e outros meios para representar a Sua Palavra, ainda que Israel e as nações bárbaras tivessem corais e cantos específicos, ainda que os povos pagãos tenham usado representações dramáticas e eventos atléticos na cerimônia aos seus ídolos, a comissão de Jesus à Sua igreja é representada por somente uma coisa: pregação—por alguém designado a declarar a Palavra do evangelho. A única promessa de Deus nesse aspecto é que ele irá salvar o seu povo pela “loucura da pregação” (I Coríntios 1:21).
O homem introduzir na igreja qualquer outra coisa é presumir-se mais sábio do que Cristo e pisotear a Sua ordem explícita, “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas” (Marcos 16:15). O seu evangelismo está em obediência a Cristo? Você crê que o evangelho de Cristo é “o poder de Deus para a salvação” (Romanos 1:16)? Ou você se volta da “loucura da pregação” para as invenções do homem? Você crê nesse Cristo que irá salvar o Seu povo por meio da pregação, tal como Ele ordenou? Ou você crê num falso cristo que precisa das invenções humanas para tornar o seu evangelho agradável ao homem?
Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 23.
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