Rev. Ronald Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
Preferimos descrever o batismo como batismo de “família” ou “casa,” e não como batismo “infantil.”2
Primeiro, ninguém batiza somente infantes. Aqueles que se converteram mais tarde na vida, e nunca foram antes batizados, são batizados como adultos, mesmo em igrejas que batizam infantes.
Segundo, o batismo de família ou casa é o tipo de batismo que a Escritura descreve quando falando daqueles que devem ser batizados.
Terceiro, “batismo de família” serve como um lembrete de como e porquê passagens tais como Atos 16 são prova para a prática de batizar infantes, bem como adultos.
É muito claro que a Escritura fala de batismo de família. Em Atos 16 as casas de Lídia e do carcereiro de Filipo foram batizadas por Paulo (vv. 15, 33). Paulo fala em 1 Coríntios 1:16 de ter batizado a casa de Estéfanas. Lemos em Atos 10:48 do batismo da casa de Cornélio por Pedro. Esse, então, é o padrão do Novo Testamento para o batismo.
Portanto, essas passagens são usadas para apoiar a prática de batizar os filhos de crentes. (Sem dúvida, é verdade que não sabemos se existiam crianças pequenas nessas casas, mas é improvável que não houvesse nenhum infante nessas quatro famílias). Todavia, se o batismo de família ou casa é o padrão lançado na Escritura, é impossível praticar o mesmo sem batizar os infantes, visto que a maioria das casas os inclui.
Adicionaríamos que, se o “batismo de crentes” somente é a regra da Escritura, como os Batistas ensinam, o batismo de família ou casa se torna uma impossibilidade. Mesmo que aconteça de diferentes membros da mesma família se converter e serem batizados ao mesmo tempo numa igreja Batista, eles ainda não serão batizados como membros de uma casa ou família, mas como indivíduos, cada qual como resultado de sua profissão de fé.
O batismo de casas e famílias segue da crença no pacto familiar de Deus: que ele soberana, graciosa e imutavelmente promete a salvação às famílias e casas, prometendo ser o Deus dos crentes e dos seus filhos (Gn. 17:7; Atos 2:39).
A prática, contudo, não significa que se presume que cada membro de uma casa seja necessariamente salvo. Mas o batismo mesmo daqueles que professam a fé como adultos nunca pode ser uma garantia, também. Nunca o batismo prova ou diz que a pessoa batizada está certamente salva.
A prática de batizar famílias ou casas, seguindo o claro exemplo da própria Escritura, é um memorial ao fato que Deus mesmo é uma família—Pai, Filho e Espírito Santo—e que ele magnifica sua graça e revela a si mesmo enviando salvação a famílias. Ele é, deveras, o Deus das famílias (Sl. 107:41).
Fonte: Doctrine According to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, pp. 266-267.
1E-mail para contato: [email protected]. Traduzido em novembro/2007. 2Batismo Infantil no Novo Testamento
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