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Sobre a Perseverança Final

Thomas Miersma

Tradução: Marcelo Herberts

Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai” (João 10:27-29).

Essas palavras de Jesus levantam uma questão importante: é possível alguém que é salvo, um crente, sucumbir e perecer? Um cristão pode cair da graça e se perder? A resposta de Jesus é direta. Suas ovelhas receberam vida eterna e esta bênção jamais pode ser perdida, pois não depende das ovelhas, mas do pastor que a concede a elas. Ele as tem em Sua mão e jamais podem perecer. Deus as tem em Sua mão, de onde jamais podem ser arrancadas.

Mas Jesus não diz, quando faz menção ao julgamento do Seu povo, “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 10:22)? Ele não diz, “Permaneçam em mim” (João 15:4), e também, “Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados” (João 15:6)? Nós não somos instados a perseverar na fé até o fim? A resposta é certamente “sim.” Nós também nos unimos firmemente a Cristo. Mas agimos assim porque ele operou a fé em nós, nos deu vida eterna e nos firmou pelo poder dessa vida que precisa resistir até o fim. Jesus nos mantém e preserva, e assim nós resistimos até o final e somos salvos. Essa é também a obra da graça de Deus sobre as suas ovelhas. Se a fé de uma pessoa é baseada em sua própria decisão, sua obra de fé antes que uma obra da graça, essa pessoa está sempre sob risco de mudar a sua decisão. Ensinar que o nosso apego a Ele ou a nossa persistência na fé é a causa da nossa perseverança final, é ensinar que a salvação é obra do homem.

Mas e com respeito aos nossos pecados? Quando caímos no pecado, não caímos da graça? A resposta é, deixados por nós mesmos, certamente iríamos cair da graça e perecer. Pedro, que negou o seu Senhor, certamente teria perecido, assim como todos nós. Foi a graça que o manteve. Tal como Jesus testificou a Pedro mesmo antes da sua negação, “Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lucas 22:32). A visão penetrante de Jesus trouxe à lembrança a Sua palavra a Pedro, e através dela Jesus converteu seu coração (Lucas 22:61) e operou arrependimento. Jesus guarda as Suas ovelhas, vai atrás quando elas se dispersam e as direciona. Porque Ele nunca as deixará, não podem perecer.

E então quanto àqueles que não esperam em Cristo? A resposta é, elas nunca de fato estiveram nEle. Elas pareciam estar na videira como ramos de Cristo, eram membros de aparência na igreja, mas estavam mortas, não obtiveram vida através dEle, pela fé. Eram descrentes. Jesus ensina isso na parábola do Semeador, a respeito da semente que logo brotou no solo pedregoso. Ele diz acerca destes, “… ouvem a palavra e logo a recebem com alegria. Todavia, visto que não têm raiz em si mesmas, permanecem por pouco tempo” (Marcos 4:16-17). Elas não tinham a raiz da fé. Entusiasmo intelectual e emocional não são sinônimos de fé. Pela graça somente é que somos preservados até o final. Você permanece em Cristo?

Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 16.

Para material Reformado adicional em Português, por favor, clique aqui.

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