“No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu …” (Lc. 16:23)
Angus Stewart
Nem mesmo João Paulo II, durante sua vida, pôde afirmar que após sua morte ele estaria com Cristo no paraíso. De acordo com o ensino oficial da Igreja Católica Romana, ninguém pode saber se vai para o céu depois da morte, a menos se receber uma revelação especial. O suposto mérito das missas, penitências, orações aos santos, peregrinações, jejuns, indulgências e tudo o mais não podem trazer o conforto e a segurança da salvação eterna. Pois quem pode afirmar que suas obras são puras? Ou quem pode determinar em que momento as obras se tornaram suficientes? Como pergunta o provérbio: “Quem pode dizer: purifiquei o meu coração. Limpo estou do meu pecado” (Pr. 20:9)?
Além disso, nem mesmo a Igreja Católica Romana acredita que João Paulo II está no céu. Atente para as missas realizadas por ocasião de sua morte, ou para as orações feitas por sua alma. De acordo com o catolicismo Romano, são somente aqueles que estão no purgatório, e não no paraíso, que precisam de missas e orações. Entretanto, o purgatório é uma fábula. Como expressa a Confissão de Fé de Westminster: “Além destes dois lugares destinados às almas separadas de seus respectivos corpos as Escrituras não reconhecem nenhum outro lugar” (32:1).
Enquanto muitos “bem-intencionados” alegam que o papa está no céu e a Igreja Católica alega estar ele no purgatório, o cristianismo bíblico afirma que ele está no inferno. Abaixo, apresentarei duas razões pelas quais faço essa afirmação: Sua pregação de outro evangelho e sua idolatria.
(1) O falecido papa negou a justificação pela fé somente em Cristo somente, o que é chamado por Deus de a verdade do evangelho (Gl. 2:5, 14). João Paulo II viveu em escravidão (Gl. 4:9; 5.1) e debaixo da maldição divina (Gl. 3:10), visto que não obedeceu à verdade (Gl. 3:1; 4:16; 5:7), sendo “enfeitiçado” por Satanás e pelo pecado (Gl. 3:1). De Deus não se zomba: todo aquele que perverte o evangelho de Cristo (Gl. 1:7) deve “temer a punição, seja essa pessoa quem for” (Gl. 5:10). O apóstolo Paulo proclama: “Mas ainda que nós ou mesmo um anjo vindo dos céus vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl. 1:8). Em seguida, o apóstolo repete as solenes palavras: “Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl. 1:9).
Se os apóstolos e os anjos são amaldiçoados caso preguem outro evangelho, porque o papa não seria? Como líder de mais de um bilhão de católicos Romanos, João Paulo II pregou o falso evangelho de salvação pela fé e pelas obras, levando milhões e milhões de pessoas de todos os continentes ao inferno. Além disso, ele presidiu, como líder da igreja, um povo que causou danos ao evangelho, crendo que o mesmo, para o Concílio de Trento (1545-1563) com todas as suas anátemas, foi afirmado no Concílio Vaticano II (1962-1965).
(2) Pense também em toda a idolatria relacionada ao pontífice da falsa igreja de Roma. João Paulo II é um adorador de figuras religiosas, ídolos, crucifixos, etc. Ele se dedicou, durante todo o seu pontificado, à idolatria a Maria ao redor do mundo. Ele deixou bem claro que seu lema era Totus tuus sum Maria (Maria, sou todo seu). Além disso, há sua blasfêmia quanto a ser o líder da igreja de Cristo e seu vicário aqui na terra. A palavra de Deus—padrão de seu julgamento—diz claramente: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (I Co. 6:9-10). Do lado de fora da cidade celestial há “idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira,” porque “aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Ap. 22:15; 21:8).
Contudo, há misericórdia de Deus para todos os merecedores do inferno como nós, que deixam sua justiça própria (Fp. 3:8; Is. 64:4) e se apropriam da perfeita justiça de Deus, revelada somente em Cristo!
Traduzido por Daniel Leite Guanaes de Miranda
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