Confissão de Westminster 21.5: “A leitura das Escrituras com o temor divino (At 15:21; Ap 1:3), a sã pregação da Palavra (2Tm 4:2) e a consciente atenção a ela em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência (Tg 1:22; At 10:33; Mt 13:19; Hb 4:2; Is 66:2); o cantar salmos com graças no coração (Cl 3:16; Ef 5:19; Tg 5:13), bem como, a devida administração e digna recepção dos sacramentos instituídos por Cristo, são partes do ordinário culto de Deus (Mt 28:19; 1Co 11:23-29; At 2:42), além dos juramentos religiosos (Dt 6:13 com Ne 10:29); votos (Is 19:21 com Ec 5:4,5), jejuns solenes (Jl 2:12; Ester 4:16; Mt 9:15; 1Co 7:5); e ações de graças em ocasiões especiais (Sl cap. 107; Et 9:22), tudo o que, em seus vários tempos e ocasiões próprias, deve ser usado de um modo santo e religioso (Hb 12:28).”
Diretório de Culto Público: “Do Cântico dos Salmos. É dever dos cristãos louvar a Deus publicamente cantando Salmos juntos na Igreja, e também em particular na Família.
Ao cantar os Salmos, a voz deverá ser afinada e ordenada com seriedade; mas o cuidado maior precisa ser o de cantar com o entendimento e com Graça no coração, erguendo melodias ao Senhor.
Para que toda a Igreja possa se unir no canto, todas as pessoas que sabem ler deverão ter um hinário dos Salmos; e os demais que não estejam incapacitados por idade ou outro motivo, são exortados a que aprendam a ler. Mas no momento, quando há muitos na Igreja que não sabem ler, é conveniente que o Ministro, ou algum outro indivíduo apto indicado por ele e os outros presbíteros, leia os Salmos, cada verso por sua vez, antes de ser cantado.”
David Dickson (1583-1663), presbiteriano escocês e autor do primeiro comentário sobre a Confissão de Westminster: “Cantar salmos com graça no coração é parte do culto ordinário a Deus? Sim (Col. 3:16; Ef. 5:19; Tiago 5.13). Pois bem, os Quakers e outros sectários não erram ao serem contra o canto de salmos, ou ao, pelo menos, restringirem essa prática a algumas pessoas, excluindo outras? Sim. Por quais razões eles são refutados? 1°, pela prática de Cristo e seus apóstolos (Mt. 26:30). Pelo exemplo de Paulo e Silas (At. 16:25). Por Moisés e os israelitas (Êx. 15). 2º, Porque o canto de salmos foi ordenado no Antigo Testamento, e isso, não como um tipo de qualquer substância futura, nem por qualquer causa cerimonial. Tampouco é revogado no Novo Testamento, mas confirmado (Sl. 30:4; 149:1). 3º, Pelos mandamentos gerais e universais no Novo Testamento (Ef. 5:19; Cl. 3:16; 1 Co. 14:15). 4º, Porque o apóstolo Tiago diz: ‘Está alguém aflito? Ore. Está alguém alegre? Cante salmos’ (Tg. 5:13). O significado não é que somente os alegres devem cantar, pois então ninguém deve orar, senão os que estão aflitos. 5º, Porque ao cantar salmos glorificamos a Deus, tornamos seu louvor glorioso; edificamos outros com quem cantamos, assim como edificamos a nós mesmos. Portanto, o objetivo do canto é ensinar e admoestar uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais (Cl. 3:16). Por fim, alegramo-nos e nos refrescamos fazendo melodia em nossos corações para o Senhor (Ef. 5:19). Isso surge, primeiro, de nos dedicarmos conscienciosamente a essa prática como parte do culto a Deus, e ao fazermos isso somos aceitos por Ele. Segundo, por ser uma parte das Escrituras designada para o louvor a Ele, independentemente de estar de acordo com a nossa situação ou não. Sendo esse o propósito pelo qual foi designado para ser cantado, é garantia suficiente para nos unirmos ao canto” (Truth’s Victory Over Error: A Commentary on the Westminster Confession of Faith by way of Question and Answer [Austrália: Presbyterian’s Armoury Publications, repr. 2002], p. 119-120).
Diversos Ministros de Cristo na Cidade de Londres: “Cantar salmos é uma ordenança divina, visto que:
“1. É prescrito nas Escrituras: ‘Enchei-vos do Espírito de Deus; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração’ (Efésios 5:18,19). ‘A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração’ (Colossenses 3:16);
2. É regulamentado nas Escrituras, com instruções para ser feito com entendimento e graça no coração. ‘Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento; louvarei com o espírito, mas também louvarei com o entendimento’ (1 Coríntios 14:15,16). ‘Cantando com graça em vosso coração ao Senhor’ (Colossenses 3:16). ‘Cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração’ (Efésios 5:19)”. (The Divine Right of Church Government: Wherein It Is Proved That the Presbyterian Government, by Preaching and Ruling Elders, in Sessional, Presbyterial, and Synodical Assemblies, May Lay the Only Lawful Claim to a Divine Right According to the Holy Scriptures [New York: R. Martin & Co., 1844], p. 62).
Robert Shaw (1795-1863), presbiteriano escocês: “Cantando os salmos. Isso foi ordenado, sob o Antigo Testamento, como uma parte do culto ordinário a Deus, e isso é distinto do culto cerimonial (Sl 69:30-31). Não é revogado sob o Novo Testamente, mas sim confirmado (Ef. 5:19; Col. 3:16). Ele é sancionado pelo exemplo de Cristo e de Seus apóstolos (Mt. 26:30; At 16:25). Os Salmos de Davi foram destinados especialmente por Deus para o uso na Igreja, no exercício da adoração pública, sob a antiga dispensação; e eles são igualmente adotados para o uso da Igreja sob a presente dispensação. Embora o apóstolo insista muito sobre a abolição das instituições rituais, eles não dão nenhuma intimação de que os Salmos de Davi são inadequados para o culto gospel; e se a intenção fosse deixá-los de lado na época do Novo Testamento, há razão para pensar que outra salmodia teria sido providenciada em seu lugar. No livro dos Salmos, há várias passagens das quais parecem indicar que elas foram destinadas pelo Espírito para o uso na Igreja em todas as épocas. ‘Eu te exaltarei, meu Deus, ó rei;’, diz Davi, ‘e bendirei o teu nome para sempre e sempre’ (Sl 145:1). Isso dá a entender, como observar o excelente [Matthew] Henry: ‘Que os Salmos que Davi escreveu deveriam ser usados para louvar a Deus pela Igreja até o fim dos tempos’. Nós devemos adorar a Deus com nossos lábios, bem como com nosso espírito, e devemos esforçar-nos para fazê-lo ‘habilmente’ (Sl 33:3). Como isso é uma parte do culto público na qual toda a congregação deve unir as suas vozes, as pessoas devem cultivar a música sacra para que possam participar desse exercício com harmonia adequada. Mas, o principal é cantar com entendimento e com as afeições do coração correspondendo ao assunto cantado (Sl 47:7; 1 Cor. 14:15; Sl 108:1)” (An Exposition of The Confession of Faith [Scotland: Christian Focus Publications, repr. 1973], p. 224-225).
G. I. Williamson, presbiteriano americano: “[Um] elemento da verdadeira adoração é ‘o canto de salmos com graça no coração.’ Será observado que a Confissão [21.5] não reconhece a legitimidade do uso moderno de hinos no culto a Deus, mas apenas dos salmos do Antigo Testamento. Hoje em dia, geralmente não se percebe que as Igrejas Presbiterianas e Reformadas, originalmente, usavam apenas os salmos, hinos e cânticos inspirados do Saltério Bíblico na adoração divina, mas esse é o caso. A Assembleia de Westminster não apenas expressou a convicção de que apenas os salmos deveriam ser cantados no culto divina, mas implementou-a ao preparar uma versão métrica do Saltério para uso nas Igrejas… nós devemos registrar nossa convicção de que a Confissão é correta até nesse ponto. Acreditamos que está correta, porque nunca foi provado que Deus tenha ordenado à Sua Igreja cantar as composições não inspiradas dos homens, em vez de ou junto com os cânticos, hinos e salmos inspirados do Saltério no culto divino” (The Westminster Confession of Faith for Study Classes [Philadelphia, PA: P & R, 1964], p. 167).
Frank J. Smith, presbiteriano americano: “Os Padrões Confessionais de Westminster, considerados por muitos o maior credo confessional já escrito, prescrevem a salmodia exclusiva” (in Frank J. Smith and David C. Lachman [eds.], Worship in the Presence of God [Greenville, SC: Greenville Seminary Press, 1992], p. 224).
Extraído de: https://cprc.co.uk/quotes/westminsterconfessionpsalmsinging/
Tradução: Mateus Haffermann Farias
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