Herman Hanko
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / [email protected]
Batistas Reformados algumas vezes argumentam que assim como às crianças não é permitido participar da ceia do Senhor, assim também elas não devem ser batizadas. Uma condição para participação na ceia do Senhor é a fé; por conseguinte, a fé deve ser uma condição para o batismo.
Certamente este argumento é baseado num erro sério com respeito ao significado dos dois sacramentos e a relação deles de um para com o outro. Batismo é um sinal e selo de entrada no pacto; a ceia do Senhor é um sinal e selo de viver dentro do pacto como povo do pacto de Deus. Porque os eleitos são trazidos ao pacto de Deus por uma obra da graça soberana, aquele que é batizado é passivo. Mas a ceia do Senhor é um sinal e selo da graça que Deus fornece através do alimento espiritual do corpo e sangue de Cristo, pelo qual somos capacitados a andar como membros do seu pacto no mundo. Ele é o sacramento, portanto, de membresia consciente no pacto de Deus. É o sacramento de crentes maduros que buscam a graça e a força que eles precisam da parte de Cristo.1 A ceia do Senhor significa e sela a benção diária de Cristo da salvação que ele adquiriu por seu povo na cruz. Ambos os sacramentos apontam para o pacto de Deus, mas cada um aponta para o pacto de Deus a partir de uma perspectiva diferente.
1É por esta razão, entre outras, que a pedo-comunhão é errônea.
Fonte: We and Our Children: The Reformed Doctrine of Infant Baptism, Herman Hanko, Second Edition (Grand Rapids: Reformed Free Publishing Association), página 66.
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